Ariana Julião Ramos Gameiro, Roberto Focaccia, Georgia Marostica da Silva, Cassia Vidotti de Souza, Claudio Ramos Oliveira Scorcine e Delcio Matos
Contexto: Vários estudos colaborativos demonstraram que complicações infecciosas decorrentes do uso de cateteres venosos centrais (CVC) em unidades de terapia intensiva (UTI) são preveníveis e que a implementação de um programa de segurança pode reduzir a incidência de infecção.
Objetivo: Estruturar, com base nas melhores evidências científicas disponíveis, e avaliar os resultados da implementação pela equipe de enfermagem de um checklist para prevenção dessas complicações.
Métodos: A amostra analisada compreendeu 164 pacientes e foi selecionada com base em critérios de inclusão/exclusão. Os procedimentos e conceitos aceitos foram padronizados, e tanto o questionário quanto as fichas técnicas para coleta de dados clínicos e laboratoriais foram estruturados previamente. As variáveis analisadas no estudo foram: sexo, idade, tempo de manutenção do CVC, tempo de internação, mortalidade, tipo de condição na admissão, tipo de curativo, uso de cloroexidina, associação com outro acesso venoso concomitante, região anatômica de inserção do CVC, presença de doença consumptiva, uso de quimioterapia e conscientização da importância da intervenção profissional na implementação do checklist. A medida de desfecho primário foi a presença ou ausência de infecção da corrente sanguínea.
Resultados: A análise estatística mostrou que os grupos teste e controle foram homogêneos. Os achados do estudo revelaram diferenças significativas (p<0,05) para a presença de infecção da corrente sanguínea, tempo de internação hospitalar e tempo de manutenção do cateter, tanto na análise univariada quanto na regressão linear.
Conclusões: A aplicação do checklist aqui utilizado previne a infecção da corrente sanguínea pelo CVC e reduz o tempo de internação hospitalar, bem como o tempo de manutenção do cateter, influenciando assim na incidência de complicações da corrente sanguínea.