Tilahun Ermeko Wanamo*, Ahmed Yasin Mohammed, Fikadu Nugusu Dessalegn
Introdução
A contraceção de emergência refere-se ao tipo de contraceção utilizado como procedimento de emergência para prevenir a gravidez indesejada após uma relação sexual não protegida. O conhecimento, a atitude e a prática dos contracetivos de emergência na Etiópia são muito baixos entre os adolescentes/jovens. Assim sendo, o objetivo deste estudo é determinar o conhecimento, a atitude e a prática sobre os contracetivos de emergência entre as estudantes do sexo feminino do ensino preparatório e do ensino secundário de Goba.
Métodos e Materiais
Estudo transversal de base escolar foi realizado junto de 260 alunos do ensino preparatório e do ensino secundário. Após a obtenção da lista de alunas da escola, recorreu-se à técnica de amostragem sistemática para selecionar os sujeitos do estudo e os dados foram recolhidos através de um questionário autoaplicável Por fim, os dados foram analisados através do pacote de software. SPSS versão 16.
Resultados
Houve um total de 260 inquiridos, sendo a maioria 255 (98,1%) da faixa etária dos 14 aos 19 anos e poucos tinham entre 20 e 24 anos. A maioria era solteira 216(83,1%), 15(5,5%)
Eram sexualmente ativas, 3 apresentavam história de gravidez anterior e 2 tinham história de aborto induzido. A maioria dos estudantes, 205 (78,8%), já tinha ouvido falar sobre os contracetivos de emergência e a fonte de informação mais referida foram os meios de comunicação social e os profissionais de saúde. Dos que ouviram falar, apenas 21 conseguiram dizer correctamente o momento recomendado para a utilização de contraceptivos de emergência (ou seja, dentro de 72 horas após relações sexuais desprotegidas). De facto, o uso de contracetivos de emergência entre aqueles com conhecimento prévio foi considerado muito baixo 25 (12%).
Conclusão e recomendação
Com base nos resultados deste inquérito, um número significativo de inquiridos teve atitudes positivas 185 (71,2%), enquanto a consciência geral, o conhecimento detalhado e a prática de contracetivos de emergência entre os estudantes são muito baixos. Recomenda-se que o programa de saúde reprodutiva/planeamento familiar dos adolescentes seja iniciado na escola. Deve ser promovida uma maior garantia da prática sexual segura e da prestação de informação e serviços sobre contracetivos de emergência para adolescentes.