Elia Garcia Caldini, Novaes LN1, Freitas, S2, Viana A2, Ferreira, MA3, De Angelis, K2, Lopes HF1
Dietas ricas em substâncias antioxidantes (polifenóis) podem reduzir o risco de eventos cardiovasculares. O baixo consumo de frutas e vegetais está envolvido no estresse oxidativo, hipertensão e resistência à insulina. Embora o consumo de frutas frescas ou suco seja a melhor forma de adquirir seus componentes nutricionais, o uso de cápsulas contendo extratos de frutas tem a vantagem de ser facilmente consumido e durar mais tempo. Portanto, são necessários estudos que sustentem a suplementação antioxidante na forma de extratos de frutas encapsulados e que verifiquem se as propriedades protetoras dessas frutas permanecem após o processamento que gera os extratos. Assim, os objetivos deste estudo são: 1) Determinar o conteúdo fenólico e a capacidade antioxidante dos extratos de cranberry, blueberry e romã; 2) Realizar avaliação de marcadores de estresse oxidativo, marcadores de atividade inflamatória, juntamente com avaliação hemodinâmica. Para isso, foi conduzido um ensaio clínico controlado por placebo com indivíduos hipertensos e normotensos que receberam as cápsulas de extrato de frutas (blueberry, cranberry e romã) por 4 semanas. Foram realizadas avaliações hemodinâmicas, de mediadores inflamatórios, de resistência à insulina e de atividade antioxidante plasmática. A análise bioquímica dos extratos de frutas mostrou que a atividade antioxidante dos componentes fenólicos permanece nas cápsulas. O índice HOMA-IR, que revela a resistência à insulina, diminuiu significativamente após o consumo das cápsulas. Embora não tenha havido alterações hemodinâmicas, houve uma diminuição na peroxidação lipídica após o consumo das cápsulas e um aumento na atividade da catalase. Os resultados deste estudo sugerem que a suplementação com cápsulas de cranberry, blueberry e romã pode reverter o dano oxidativo e reduzir a resistência à insulina em pacientes hipertensos.