Joel Salazar-Flores, Juan H. Torres-Jasso, Danie Rojas- Bravo, Zoyla M. Reyna- Villela e Erandis D. Torres- Sánchez*
Fundamento: Os metais pesados como o mercúrio (Hg), o chumbo (Pb) e o arsénio (As) são elementos que promovem a geração de espécies reativas de oxigénio (ROS) e espécies reativas de azoto (RNS) envolvidas na etiologia do stress oxidativo. Provocam danos oxidativos nos lípidos da membrana, proteínas e ADN, ativando assim vias de apoptose e degeneração tecidual. Algumas espécies químicas derivadas destes metais incluem o metil mercúrio (CH 3 Hg + ), o chumbo tetraetilo [(CH 3 CH 2 ) 4 Pb], o arseniato (AsO 4 3- ) e o arsenito (AsO 2 - ), todos os quais têm a capacidade de induzir stress oxidativo e danos renais.
Objectivo: Rever de forma abrangente os efeitos do Hg, Pb, As e Zinco (Zn) no estado oxidativo renal.
Métodos: O levantamento da literatura foi feito utilizando palavras-chave como metais pesados, stress oxidativo e danos renais utilizando motores de busca de publicações científicas gratuitas como a base de dados PubMed, FreeFullPDF.com e Google Scheler.
Resultados: Foi revelado que o Hg, o Pb e o As contribuem significativamente para o stress oxidativo, estimulando a geração de radicais livres, a oxidação de biomoléculas, a desregulação de proteínas pró-oxidantes e a ativação de moléculas pró-inflamatórias, que acabam por levar a danos renais. Existe uma forte associação entre a exposição a estes metais pesados e a lesão renal crónica, uma vez que a sua bioacumulação desregula a filtração glomerular e a secreção tubular devido à produção excessiva de ERO e à ativação de vias apoptóticas. No entanto, estudos demonstraram que o Zn tem efeitos renoprotetores e antioxidantes, sendo que a sua deficiência leva ao stress oxidativo.
Conclusão: Os resultados desta investigação sugerem que as deficiências de Hg, Pb, As e Zn produzem diferentes graus de dano oxidativo que impactam negativamente a saúde renal.