Ricardo Figueroa-Damián*, Noemi Plazola-Camacho e Saul Flores-Medina
No México, a prevalência da infecção pelo VIH em mulheres grávidas foi estimada em 0,1%, enquanto a transmissão perinatal é responsável por 2% de todos os casos; no entanto, este tipo de transmissão é a principal causa de infecção pelo VIH em crianças com menos de 15 anos, sendo cerca de 70% do total de casos em indivíduos desta idade. O rastreio alargado da infecção pelo VIH em grávidas aumenta as hipóteses de reconhecimento das mulheres infectadas, permitindo o estabelecimento de medidas profiláticas contra a transmissão vertical. Realizamos um estudo caso-controlo com o objetivo de estabelecer o perfil socioepidemiológico das grávidas que rejeitaram o teste anti-VIH. De julho de 2012 a dezembro de 2014, no Instituto Nacional de Perinatologia da cidade do México, foram realizados 9.773 testes rápidos de VIH em grávidas. O perfil socioepidemiológico dos doentes que rejeitaram o teste anti-VIH foi: mulheres casadas, com trabalho não remunerado e sem antecedentes de infeções sexualmente transmissíveis. Concluímos que as mulheres casadas são propensas a recusar o teste rápido do VIH.