Purnima Poste
O presente estudo foi realizado para estudar a incidência de lesões cervicais não neoplásicas registadas num centro de patologia de uma instituição médica durante um período de três anos (junho de 2008 a maio de 2011). O período de estudo de junho de 2008 a maio de 2009 foi retrospetivo e de junho de 2009 a maio de 2011 foi prospetivo. Foram estudados 1.260 casos que representaram uma parte significativa dos espécimes de patologia cirúrgica recebidos no serviço. Das 1.260 amostras cervicais, as lesões inflamatórias formaram a maior parte, 74,20%, seguidas das malignidades cervicais (13,01%). As lesões glandulares cervicais não inflamatórias constituíram 1,19%. A cervicite crónica inespecífica foi a lesão mais comum registada em 793 das 935 lesões inflamatórias (84,82%). A cervicite crónica inespecífica na faixa etária dos 30 aos 60 anos foi detetada principalmente em doentes com hemorragia uterina disfuncional, DIP, prolapso uterino e útero fibróide, seguida de endocervicite papilar. Entre as lesões glandulares não neoplásicas, os aglomerados de túneis foram comummente observados na faixa etária dos 30 aos 50 anos, seguidos de hiperplasia microglandular e hiperplasia endocervical laminar difusa. Os resultados são comparados com os restantes estudos quanto à incidência relativa das lesões observadas na população.