Wellington Rodrigues
A qualidade da assistência hospitalar aos doentes terminais depende da aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem, gold standard entre as equipas interdisciplinares e multidisciplinares. Neste sentido, é fundamental que a equipa de enfermagem participe em programas de formação contínua adotando protocolos institucionais baseados nas recomendações do Ministério da Saúde, de forma a prestar cuidados seguros e eficazes. Este estudo tem como objetivo identificar as principais dificuldades encontradas pela equipa de enfermagem na prestação de assistência hospitalar integral aos doentes terminais no município de Paripiranga/BA. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Investigação com Seres Humanos do Centro Universitário UniAges, sob o parecer nº 087-2016. Trata-se de um estudo de campo descritivo, transversal e de abordagem quantitativa, realizado no Hospital Municipal Ismael Trindade – Paripiranga/BA. Participaram no estudo todos os 13 profissionais que trabalham no setor de urgência e emergência, (5; 38,5%) enfermeiros e (8; 61,5%) técnicos de enfermagem. Observa-se que a maioria da população é constituída por mulheres (N = 9; 68,2%), com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos (N = 10; 76,9%), com uma média de 24,4%. (DP ± 2,9) e casados (N = 11; 84,6%). No período de 5 anos de atividade, apenas (N = 6; 46,1%) receberam formação sobre cuidados hospitalares a doentes terminais, obtida com recursos próprios. A maioria (N = 12; 92,3%) indicou o protocolo institucional de cuidados hospitalares como desatualizado e limitativo dos cuidados. Outras dificuldades foram também referidas, como o stress ocupacional e a deficiência na segurança psicológica. Todos os participantes apontaram a falta de regulamentação na rede assistencial, a falta de materiais de consumo e permanentes, as dificuldades de transporte dos doentes e a redução de pessoal.