Marta Carvalho, Maria Soares e Humberto S. Machado
A administração de oxigênio aos pacientes tem vantagens potenciais e algumas desvantagens evidentes. Vários cenários clínicos, principalmente cenários críticos, exigem altas frações inspiradas de oxigênio (FiO 2 ) para garantir margens de reserva seguras para uma eventual dessaturação arterial (por exemplo, antes da intubação traqueal na sala de cirurgia). Por outro lado, algumas evidências mostram que manter FiO 2 alta durante procedimentos cirúrgicos e/ou ventilação controlada nas unidades de terapia intensiva pode ser mais prejudicial do que benéfico. O objetivo desta revisão foi mostrar que tipo de decisão os clínicos podem tomar, em relação à quantidade de oxigênio que deve ser dada aos pacientes, com foco especial nos prós e contras de sua utilização liberal.