José Paulo
Uma das principais moléculas sinalizadoras que desempenham um papel importante na inflamação são as ERO. Os neutrófilos polimorfonucleares aumentam e ativam a geração de ERO no local da disfunção endotelial e da lesão tecidular. A migração das células inflamatórias do sangue para os tecidos é facilitada pelo endotélio vascular. Seguida de inflamação, ocorre a abertura da junção indo-endotelial, através da qual se dá a migração das células inflamatórias. A migração de células inflamatórias através da barreira endotelial não só abre caminho para agentes patogénicos e partículas estranhas, como também causa lesões graves nos tecidos. Esta revisão destaca os mecanismos de sinalização mediados pelo stress oxidativo envolvidos na inflamação que leva a doenças graves como a diabetes. A inflamação é destacada como uma resposta imunitária defeituosa que é conferida pelo hospedeiro contra os agentes patogénicos estranhos. A resposta do sistema imunitário inerente ao organismo, que é desencadeada pelo encontro da patogénese, é designada por imunidade inata. Isto provoca muitas respostas inflamatórias agudas acompanhadas de vasodilatação sistémica, fuga vascular e imigração de leucócitos. De acordo com o médico romano Celsius, os quatro sinais cardinais da inflamação aguda localizada são o calor, o calor, o rubor, a vermelhidão, o inchaço do tumor e a dor dolorosa, levando ao comprometimento da função. O reconhecimento de uma vasta gama de agentes patogénicos pelo sistema imunitário inato deve-se à presença de recetores codificados na linha germinal, conhecidos como Receptores de Reconhecimento de Padrões (PPRS). Os receptores de lectina do tipo C TLRS (Toll like Receptors) e os NLR (Cytoplasmic Nod like Receptors) enquadraram-se na categoria de PPRS. Estes recetores reconhecem os padrões moleculares associados ao patogéneo, bem como os padrões moleculares associados ao perigo libertados pelo mecanismo do dsDNA e dos cristais de ácido úrico. Os PRRS são expressos como uma variedade de células imunes incluindo macrófagos, neutrófilos, monócitos e DCs (células dendríticas) ajudando na deteção precoce dos agentes patogénicos. Seguida pela ativação da resposta imunitária, ocorre a ativação da resposta imunitária aguda, resultando na secreção de citocinas e quimiocinas. As primeiras células a atuar são os neutrófilos, que ao aderirem à parede endotelial e posteriormente migrarem para a parede vascular no local da infeção, englobam os agentes patogénicos invasores. Segrega também mediadores vasoativos e pró-inflamatórios. A alteração vascular precoce no local da infecção deve-se aos mediadores pró-inflamatórios. Os mediadores incluem a histamina, PAFS (fator de ativação plaquetária, bradicininas e trombinas. Estes aumentam a permeabilidade vascular seguida de acumulação de líquidos (edema) e extravasamento de leucócitos. Se o sistema imunitário inato exceder a sua capacidade ou se a sua capacidade defensiva for limitada, o sistema imunitário adaptativo está envolvido na atuação de células T e B específicas para a eliminação de agentes patogénicos.Isto está associado a muitas doenças, como a diabetes e muitas doenças cardíacas. O centro de progressão de muitas doenças inflamatórias é a produção de ERO. Os PMNS (neutrófilos polimorfonucleares) são os que produzem ERO. Isto promove a oxidação de proteínas de sinalização celular, como as tirosina fosfatases, promovendo a disfunção endotelial. Os dois papéis desempenhados pelas ERO na inflamação são como molécula sinalizadora e mediadora. Os superóxidos como os ERO podem difundir-se facilmente com o NO e podem formar RNS (espécies reativas de azoto). Isto induz stress nitrosativo que aumenta a carga pró-inflamatória das ERO. O foco desta revisão é o mecanismo de inflamação dependente de ERO que leva a doenças como a diabetes. A intrincada relação entre o stress oxidativo e a inflamação foi descrita por várias pesquisas intensivas sobre os mecanismos de inflamação. O principal objetivo da inflamação é a eliminação do agente patogénico do organismo. Neste processo o papel fundamental é desempenhado pelas ERO produzidas pelas células fagocíticas. Para manter a homeostasia é necessário um nível ambiente de ERO, enquanto que para matar os agentes patogénicos é necessário um excesso de ERO, a geração descontrolada de ERO leva à lesão tecidular. Portanto, a geração de ERO desempenha um papel crucial na inflamação. É também importante para a patogénese da lesão tecidual. Embora o papel das ERO em doenças inflamatórias crónicas como a diabetes e as doenças cardíacas seja conhecido, a forma como contribuem para o mecanismo ainda está em estudo. Palavras-chave: Inflamação; Neutrófilo; Sistema imunitário; Citocinas.a forma como contribuem para o mecanismo ainda está em estudo. Palavras-chave: Inflamação; Neutrófilo; Sistema imunitário; Citocinas.a forma como contribuem para o mecanismo ainda está em estudo. Palavras-chave: Inflamação; Neutrófilo; Sistema imunitário; Citocinas.