Jornal de Cuidados Intensivos e Críticos Acesso livre

Abstrato

O Impacto de Pacientes com Prognóstico Ruim Admitidos na Unidade de Terapia Intensiva nos Transtornos Emocionais dos Familiares

Renata Rego Lins Fumis, Paulo Martins e Guilherme Schettino

Contexto: Ter um ente querido internado na UTI é um evento extremamente estressante, principalmente com prognóstico ruim e podendo levar à morte.

Objetivo: Avaliar o impacto de pacientes com prognóstico ruim admitidos na UTI nos transtornos emocionais de seus familiares. Desenho e cenário: Estudo prospectivo conduzido em uma UTI mista de 22 leitos em um hospital terciário em São Paulo, Brasil. Os familiares preencheram a Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão 48 horas após a admissão. Os familiares responderam à HADS, a Escala de Impacto de Eventos, por telefone 30 dias e 90 dias após a alta da UTI.

Resultados: 95/575 pacientes admitidos na UTI foram definidos como pacientes de mau prognóstico. Pacientes de mau prognóstico necessitaram de mais ventilação mecânica (50,0% vs. 32,9%, p=0,002), traqueostomia (11,6% vs. 5,0%, p=0,014), vasopressores (54,7% vs. 36,8%, p=0,001), permaneceram mais tempo em ventilação mecânica (7 [3-15] vs. 3 [2-6] dias, p=0,030) e permaneceram mais tempo na UTI (8 [5-18] vs. 4 [3-8], p<0,001) quando comparados com pacientes de mau prognóstico. Eles também apresentaram alta mortalidade na UTI (32,6%), 30 dias (60,0%) e 90 dias (73,5%) e também observamos intenso sofrimento emocional entre seus respectivos familiares durante e após a alta da UTI.

Conclusão: Familiares de pacientes com prognóstico ruim internados na UTI tiveram maior probabilidade de sofrer com sintomas de ansiedade, depressão e sofrimento pós-traumático. Seus entes queridos precisaram de tratamentos mais agressivos durante a UTI e tiveram maior mortalidade em um curto espaço de tempo.

Isenção de responsabilidade: Este resumo foi traduzido usando ferramentas de inteligência artificial e ainda não foi revisado ou verificado