Malik Qaisar Hussain
A cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e a cromatografia líquida de ultra-alta eficiência (UHPLC ou UPLC) têm sido as ferramentas mais utilizadas para a investigação e controlo de qualidade de rotina de ingredientes farmacêuticos ativos (API). O desafio mais importante nestas técnicas é a separação rápida e eficiente. Ambas as técnicas são as preferidas devido à sua seletividade, elevada exatidão e notável precisão. Por outro lado, apresentam algumas limitações: em alguns casos, o HPLC tradicional utiliza grandes quantidades de solventes orgânicos com maior tempo de análise e, além disso, o UHPLC possui uma elevada contrapressão e aquecimento por fricção. Para ultrapassar estas limitações, os cientistas desenvolveram um novo tipo de coluna de partículas. Em geral, dois tipos diferentes de material de empacotamento de colunas de sílica com base na sua estrutura têm sido utilizados para HPLC e UHPLC. As fases estacionárias que possuem partículas de sílica totalmente porosas cumprem os critérios essenciais de análise, mas apresentam todas as limitações da HPLC. No entanto, nos últimos anos, as partículas de sílica núcleo-invólucro (uma combinação de núcleo sólido e invólucro poroso) têm sido cada vez mais utilizadas para uma separação altamente eficiente com tempos de execução reduzidos. Assim, a tecnologia core-shell proporciona as mesmas separações eficientes que as partículas sub 2 μm utilizadas em UHPLC, ao mesmo tempo que elimina as desvantagens (contrapressão potencialmente mais baixa). Os principais fatores para as partículas núcleo-casca são o tamanho e a espessura da camada porosa da casca, a última das quais pode ser explicada através da equação de Van Deemter. As colunas preenchidas com partículas core-shell têm sido empregues numa vasta gama de aplicações para análise e controlo de qualidade de substâncias ativas farmacêuticas.
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