Moyez Jiwa, Alexander Mcmanus, Ann Dadich, James White, Alison Rieck, Shohreh Razmi
ContextoA capacidade do sector da saúde para satisfazer as necessidades em constante mudança dos doentes está a ser questionada. Isto tem implicações significativas para os doentes, os prestadores de cuidados, os serviços de saúde e aqueles que detêm o erário público. É, por isso, importante reforçar a sua capacidade para servir uma maior proporção de pessoas que necessitam de cuidados de saúde, cujas oportunidades podem ser facilitadas pela tecnologia da informação (TI). Objectivo Identificar estratégias para reforçar a capacidade do sector dos cuidados primários para implantar e inovar com TI. MétodosTrês grupos de discussão compostos por médicos, agentes reguladores, inovadores e académicos de cada estado australiano. Os temas discutidos incluíram: (1) problemas de saúde que podem ser facilmente resolvidos pelas TI, (2) envolvimento dos médicos com as TI, (3) experiências com a implementação das TI, (4) envolvimento com grupos de difícil acesso e (5 ) redes sociais. Resultados Embora os participantes estivessem conscientes das questões relacionadas com a utilização das TI, incluindo provas limitadas e reduzida integridade dos dados, estavam igualmente conscientes das oportunidades proporcionadas pelas TI. Com o apoio adequado, indicaram que as TI poderiam ajudar a inovar e a revigorar o sector dos cuidados primários. Isto poderia ser demonstrado através de investigação, iniciativas que melhorem os mecanismos de governação (dentro e fora do sector dos cuidados primários), programas que melhorem a prestação de cuidados e iniciativas de capacitação dos consumidores. Conclusão Os médicos são raramente incluídos como parte de equipas que desenvolvem inovações e a tecnologia nem sempre é adaptada à prática clínica ou testada em termos de resultados clínicos. As questões técnicas e de acesso continuam a dificultar a disseminação da inovação. A necessidade de liderança no desenvolvimento de soluções de TI para os cuidados de saúde continua a ser primordial, com a organização mais capacitada para negociar com os principais stakeholders no comando.